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Social Media Training e CEOs nas redes sociais

Atualizado: 28 de fev. de 2021

Com as empresas atuando cada vez mais como protagonistas, CEOs e funcionários também se posicionam nas redes sociais.

Crédito: Marek Levak | Pexels

Na última semana, participei de um papo com o Ricardo Nóbrega, jornalista e mestre em Comunicação, onde discutimos a importância do “social media training”, ou seja, da orientação das lideranças – e funcionários em geral – para seu posicionamento nas redes sociais.

De acordo com a matéria do Valor Econômico “Funcionários gostam de ver o CEO nas redes sociais” e pesquisa da consultoria Brunswick realizada em 13 países, incluindo o Brasil:

  • 63% dos funcionários afirmaram preferir trabalhar para um “líder conectado”, ou seja, que utiliza as redes sociais para o trabalho;

  • 86% dos funcionários esperam ver posicionamentos dos CEOs nas redes sociais sobre as ações de sua empresa durante uma crise.

E especificamente em nosso país:

  • 84% dos funcionários confiam mais em CEOs que utilizam as redes sociais - percentual maior do que a média global;

  • 9 entre 10 pessoas preferem trabalhar para líderes conectados pois, de acordo com a pesquisa, esses líderes transmitem serem mais acessíveis, transparentes, fáceis de se comunicar e capazes de manterem as equipes conectadas.

  • Por fim, 98% responderam que é importante que os CEOs respondam a uma crise por meio das redes sociais.

O assunto não é novidade. Desde 2019, o estudo Trust Barometer, da Edelman, já sinalizava que os brasileiros confiavam mais em CEOs do que em políticos, mas o que entra em destaque agora é como as lideranças podem – e devem – ser orientadas pelas equipes de Comunicação, Marketing e Relações Públicas das empresas, já que esse posicionamento também traz benefícios financeiros para a companhia. Além de contribuir para o valor da marca e percepção do público, de acordo com Craig Mullaney (sócio do escritório da Brunswick em Washington) líderes conectados contribuem para retenção de talentos, uma maior relação de confiança com o público geral e acionistas por meio de seus executivos.


Engajamento das lideranças

Transformar líderes - muitas vezes introspectivos - em figuras digitais não é uma tarefa fácil. Contudo, o objetivo neste trabalho não é transformar CEOs em celebridades, mas em posicioná-los como uma fonte conectada e pronta para usufruir dos benefícios da presença digital – e que, principalmente, estejam preparados também para lidar com assuntos mais críticos como haters, fake news e demais adversidades que, com as redes sociais, podem tomar escalas sem precedentes.

Para apoiar estes líderes, é preciso levantar dados, contar com ferramentas e outras soluções, para que se sintam seguros, o que é fundamental para lidarem com todos os stakeholders de uma organização, desde clientes até funcionários e acionistas. Nas redes, (quase) todo mundo está acessível em todo momento.

Por fim, entender os objetivos reais da presença desta liderança da rede social é o primeiro – e mais importante caminho – para posicioná-la de forma saudável e estratégica nas redes, mantendo sua autenticidade e entendendo como um trabalho complementar ao que já é realizado em media training.

Ricardo cita, na live, que não precisamos também atender a pressão de se posicionar sobre tudo. Ele deve sentir, entender se é o momento, se faz sentido e estar disposto a reconhecer eventuais erros da empresa.


“O líder conectado não só humaniza a comunicação da empresa, mas ajuda o executivo a entender as dores da empresa e se a estratégia está no caminho certo”.

Mifaelle Silveira Guarnieri, em comentário durante a transmissão.


Comunicação transparente, parcerias com Jurídico, RH e demais áreas contribuem para que não haja dissonância, e a produção de um manual propositivo pode contribuir para maior clareza entre funcionários, lideranças, incentivando-os a se tornarem embaixadores da marca.


CEOs mais admirados

Durante nossa live, destacamos com a ajuda da audiência alguns líderes brasileiros de destaque e pessoas que contribuem sobre o tema. São eles:

Cuidados

A segurança das informações também precisa ser considerada. Atualmente, temos inúmeros exemplos de prints e áudios vazados, e por isso é preciso ter cuidado não apenas no ambiente online. Uma conversa em uma fila de aeroporto, em elevador, escutada ou gravada por outra pessoa, também pode repercutir e virar matéria e post.


Fica a dica :)

Nos dias 17 e 18 de março de 2021, Ricardo Nobrega ministrará um curso livre na Cásper Líbero sobre o tema.


Referências

BIGARELLI, Barbara. Funcionários gostam de ver o CEO nas redes sociais. Valor Econômico, 2021. Disponível em https://valor.globo.com/carreira/noticia/2021/02/11/funcionarios-gostam-de-ver-o-ceo-nas-redes-sociais.ghtml

EDELMAN TRUST BAROMETER 2020. Edelman, 2020. Disponível em: https://www.edelman.com.br/estudos/edelman-trust-barometer-2020

GONÇALVES, Vinicius. Brasileiros confiam mais em CEOs do que nos políticos, diz pesquisa. Consumidor Moderno, 2019. Disponível em https://www.consumidormoderno.com.br/2019/03/28/estudo-revela-que-brasileiros-confiam-mais-em-ceos-do-que-em-politicos/

MONTEIRO, Thaís. Mullaney: por que executivos devem usar redes sociais. Meio e Mensagem, 2020. Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2020/11/25/craig-mullaney-por-que-executivos-devem-usar-redes-sociais.html

MULLANEY, Craig. Report 2021 Connected Leadership powered by Brunswick. Brunswick Group, 2021. Disponível em: https://www.brunswickgroup.com/perspectives/connected-leadership/get-the-report/

NÓBREGA, Ricardo Tadeu. As transformações do media training na sociedade de plataforma: por uma redefinição do conceito. Dissertação de Mestrado. Faculdade Cásper Líbero, 2020. Disponível em: https://casperlibero.edu.br/wp-content/uploads/2021/02/RICARDO-TADEU-NOBREGA-.pdf

SIMS, Maja Pawinska. Study: Business Leaders Must Be More Accessible On Social Media. PRovoke, 2021. Disponível em: https://www.provokemedia.com/latest/article/study-business-leaders-must-be-more-accessible-on-social-media


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