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Comunidades: subvertendo a irracionalidade das lógicas

Atualizado: 7 de fev. de 2021


reunião de trabalho sobre produção de conteúdo
Crédito: fauxels | Pexels

Enquanto enlouquecemos tentando (e falhando miseravelmente) entender a lógica das plataformas e dos algoritmos para a distribuição de conteúdo, empresas e talentos têm a coragem – e a necessidade – de testar novos formatos de produtos, serviços e negócios.


Inevitavelmente, as redes sociais são fontes importantes de tráfego e de reconhecimento. Mas como subverter a lógica desse sistema fomentado por likes, views, investimento em mídia e uma velocidade absurda em que parece impossível refletir sobre qualquer assunto do momento?


No último artigo da Carla Knoplech na Veja RIO, “Hackeando a lógica da produção de conteúdo”, a jornalista cita o exemplo do Caio Braz, talento que entendeu que as conexões e a construção de comunidade podem fazer diferença a longo prazo.

Caio criou um grupo de trocas e estudos que realmente testa a força das suas conexões. Quantas pessoas estão abertas a ouvir e falar? Elas estão dispostas a investir em você?


E o investimento, aqui, vai além do apoio monetário. Em uma época em que a atenção é o seu ativo mais importante, vale a pena observar o que – e para quem – você realmente dedica seu tempo sem distrações. Aliás, será que isso é possível ou, enquanto você lê aqui, está pensando também na mensagem do WhatsApp que ainda não respondeu?


Sem pretensão de ter respostas, mas de observar fenômenos, compartilho abaixo cinco caminhos que acredito fazerem a diferença para a construção de comunidades:


  • Curadoria – seleção de conteúdo, serviços e demais entregas por pessoas que tenham reputação e credibilidade - ou seja, seguir ou ser alguém que você admira e confia;

  • Conexão – sentimento de poder estar conectado, de alguma forma, com assuntos e pessoas de seu interesse;

  • Pertencimento – oportunidade de estar presente - virtualmente ou não - com pessoas movidas por sentimentos e propósitos semelhantes – ou que você se conecta pelo aspecto aspiracional;

  • Controle – espaço de consumo de conteúdos com facilidades na busca, organização de informações e materiais, além de trocas em ambientes seguros e moderados – afinal, quantas vezes você já deixou de dizer o que pensa com medo de ser (des)controlado?

  • Percepção de valor - quantos links de conteúdos gratuitos interessantes você já salvou e nunca mais leu? Em quantos cursos gratuitos você já se inscreveu e nunca fez ou não se interessou? Quando você paga, sente a necessidade de ter um retorno sobre esse investimento – e possivelmente estará propenso a dedicar mais tempo nesta atividade.

Na aparente falta de lógica das conexões, mediadas por humanos e não humanos, se sobressai quem entende a necessidade dos seus públicos de interesse e quem oferece espaço para construção e desconstrução.

Henry Jenkins curtiu isso, mas talvez não apareça na nossa timeline.


Agradecimentos: Rachel Corrêa pela indicação do texto em sua live, Vanessa Spirandeo, Ricardo Nóbrega e Leonardo Augusto Matsuda pelas trocas em nossas comunidades particulares. <3

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